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História

Cidade (desde 1770) bicentenária, Pinhel ergue-se a cerca de 600 m de altitude, na margem esquerda do Côa. Até ao século XII desempenhou o importante papel de praça fronteiriça, pois a região pertencia ainda ao vizinho reino de Leão. Dataram dessa época a primitiva muralha e o castelo. Deste conservam-se duas grandiosas torres quadranguleres, tendo a da direita, na face virada sobre a cidade, uma bela janela manuelina, germinada. De salientar ainda dois curiosos mata-cães ou varandins, que recordam a época da reconstrução da torre por Dinis . Digna de reparo tambem é a quantidade enorme de siglas que as pedras conservam.

A outra torre é chamada torre-prisão, e tem no interior uma grossa coluna granítica sobre a qual assentava o pavimento primitivo.

A pequena distância das torres passa um vasto pano da muralha que rodeava a cidade. Nela se abriam cinco portas, identificadas pelos nomes das vilas para onde se viravam ou por nomes de santos: as Portas de Almeida, Castelo Rodrigo, Marialva, Trancoso, Santiago e S.João. A muralha permanece ainda em muitos pontos, ora encobrindo-se, ora descobrindo-se nos quintais e casas que aproveitaram os seus grossos muros como uma das paredes.

Capital de Diocese

Ao fundo de uma ruela íngreme e estreita encontra-se a Igreja de Santa Maria do Castelo, a mais antiga de Pinhel. Nela pode admirar-se uma notável escultura de pedra de Ança, representando as Santas Mães. E da escola renascentista  de Coimbra. Na capela-mor, catorze quadros setecentistas enriquecem a igreja, de uma só nave e, até há pouco tempo, quase abandonada.

O visitante que continuar a descer a partir desta ruela sai da velha vila medieval, deparando-se-lhe um amplo largo em que se erguem vários edifícios. Estes permitem concluir que a cidade deixou as suas muralhas entre os séculos XVI e XVIII. No Museu Municipal, velho palacete do século XVIII, atraem a atenção uma colecção de setelas medievais e várias outras peças. O edifício ao lado faz recordar o periodo de 1870  a 1882, em que Pinhel foi capital de diocese. Servia de catedral, durante esse século, a Igreja de S.Luís, desanexada do antigo Convento das Clarissas.

Ao lado daquela igreja , a da Misericórdia, em ruinas, ostenta ainda um belo portal manuelino, muitas vezes confundido com o gótico. Da mesma época, o pelourinho, elegantemente rematado por uma gaiola com os colunelos graníticos e conferir-lhe uma beleza ímpar, recorda a reforma manuelina dos forais.

Nos arredores de Pinhel, ricos em belezas naturais, encontram-se ainda monumentos romanicos, como a Igreja da Trindade, com um portal de quatro arquivoltas, ou a ponte de dois arcos no caminho para Figueira de Castelo Rodrigo , sobre a Ribeira das Cabras.

Pinhel, urbe cheia de glórias passadas, é hoje uma cidade que se moderniza , tentando fugir ao destino que alguns parecem querer traçar-lhe.