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Systemo defensivo :

Porta d'el Rei 

DESCRIÇÃO: A implantação da cidade da Guarda no esporão que ocupa o Centro Histórico teve como condicionante as excelentes condições naturais de defesabilidade deste espaço. Todavia, como em todas as povoações medievais houve necessidade de a tornar inexpugnável, com a construção de um elaborado sistema defensivo, constituído por panos de muralha e torres.

A Sé Catedral da Guarda é 

Sé da Guarda - Fachada Norte

um dos mais belos monumentos

 

 do seu género, existentes em Portugal. Chama-se catedral, exactamente porque é a igreja principal da Diocese e é nela que o Bispo respectivo tem a sua cátedra ou cadeira de Pastor das almas.

Antes desta Sé existiu na Guarda outra que D. Sancho I mandou construir, quando pediu a criação da Diocese, pela transferência do Bispo de Egitânia, (antiga cidade da Beira Baixa, hoje simples museu), para a Guarda. Existiria no local junto à Torre dos Ferreiros. É por este motivo ou seja pelo facto de a Diocese ter substituído a de Egitânia, que tudo o que se refere a ela se diz egitaniense, mas não são egitanienses os naturais da Guarda, como muita gente erradamente, pensa - são guardenses.

A construção desta Sé foi pedida pelo Bispo da Guarda D. Frei Vasco de Lamego, ao Rei D. João I, iniciando-se a obra em 1390, que foi dirigida e executada por técnicos e operários vindos do Mosteiro da Batalha.

Sé Catedral - Vista Geral É de estilo ogival, gótico e joanino, com pormenores de estilo manuelino, dado que a conclusão da Sé se verificou no reinado de D. Manuel I e assim os artífices aproveitaram o estilo da época e o empregado no Mosteiro dos Jerónimos, na Torre de Belém, no Convento de Cristo em Tomar e doutros, para construírem alguns pormenores da Sé da Guarda, especialmente em janelas e outros rendilhados que a ornamentam.

O templo é formado por 4 naves sendo uma delas central, duas laterais e uma cruzeira. As suas colunas são nervuradas e de grande solidez. As janelas, janelões, vigias e rosáceas são de grande interesse artístico. A Sé tem a cobertura de pedra e tem acesso a ela por duas escadarias interiores e exteriores , formando no alto um grandioso mirante sobre a cidade. Exteriormente tem as carrancas ou gárgulas, que representam figuras de animais e de aves ou outras alegorias e servem de caleiras para escoamento das águas. Dos lados sobressaem os arcos-botantes e no topo as duas torres que, além dos sinos têm uma sineta chamada a "cabra" a qual teve já a missão de tocar para o ofício dos Cónegos todas as manhãs.

A catedral tem três portas exteriores e 45 janelões, janelas, rosáceas e vigias para luz e ventilação.

Interior da Sé da Guarda São notáveis algumas das capelas interiores da Sé sendo a principal a capela dos Pinas, de beleza artística e arquitectónica especial, e que agora serve de sacristia, tem uma estátua jacente dum fidalgo desta cidade, de apelido Pina. Ao lado está a capela dos Ferros.

Notável, pela arte e beleza, o Retábulo, atribuído a João de Ruão.

As obras da Sé tiveram o seu maior incremento durante o governo do Bispo D. Pedro Vaz Gavião, cujo escudo de armas (brasão) se vê com frequência nas paredes a assinalar o facto. Este brasão tem representadas cinco aves (gaviões). Desde o início das obras até à sua conclusão decorreram 150 anos, mas deve salientar-se que durante 70 anos estiveram paradas.

No lajedo há dezenas de lápides sepulcrais (sepulturas de bispos com inscrições). O comprimento do edifício é de 52 metros.

A porta virada para a Praça Luís de Camões, que não é a principal, é de rara beleza arquitectónica. Por cima desta porta a janela de estilo manuelino completa o recorte de elegância e imponência desta magnífica catedral. Os coruchéus e flores de liz são igualmente muito interessantes.

A Sé da Guarda "flor da Serra", "altar da Serra onde cantam hinos" foi cantada pelos poetas da cidade em lindos versos, que se podem encontrar em livros existentes na Biblioteca Municipal.
Sé Catedral - Fachada Principal

Durante as invasões francesas, no século passado, a catedral da Guarda sofreu muitas danificações no seu recheio e na sua arte, especialmente nas talhas e ornamentações interiores, no coro e no orgão.

É, no entanto, um dos mais belos monumentos do País e de que a Guarda muito se orgulha, podendo considerar-se o seu "ex-libris".